sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Balão delicado ou Os apocalipses de Mariana

Maravilha a espessura do brilho. Batidos os corações dentro do copo do triturador da copa. E tudo floresce na perseguição dos infames foragidos. Um zumbido na penugem forte dos sexos vadios. O ouvido cai dentro do ralo do chuveiro lapidado à lâmina cega. Minhas mãos percorrem. Enquanto dormirá, haverá sempre quem jorre de um jato de gozo que acarinhe as suas madeixas sonolentas. Eu não serei uma casca de ferida do amor descartado, pois eu quero engendrar-me pelos mantras de sua derme. Eu quero mastigar o açúcar fino de seu coração. Um pingo me deixou os cascos das unhas frouxas eterno. Eu sou uma potranca meia boca de dentes podres. E de que valerá? Um terremoto pequenino e minhas fadinhas deitadas no fundo do brejo residuoso. Imaculados, os alados não voarão e a garrafa só estará meio evaporada de labaredas soturnas. Eu temerei pelo pranto vindouro de meus binóculos. As ventanias expulsam o câncer inadequado de dentro das papoulas de rimas sinuosas. Uma culpa tremenda invadirá a imensidão dos telefones, os comerá. Eu perdi a poção das heresias paralelas de meu corpo volante. Essa é a fórmula das incompletudes via sacra. As veias estouradas: balão delicado. Será acometida de uma grande missão paranóica e tudo em sua flâmula trepidará. E tudo do lado esquerdo da face adormecerá venéreo. O pó das borboletas secas sucumbirá ao meu chamado lascivo para de dentro da alma borboletearem. As sedas dos bichos-da-seda os entorpecerão nas teias cavas da pele de veludo construída. Eu amaria se não fosse de ácido fólico todo o sangue.

Um comentário: