terça-feira, 13 de julho de 2010

Regurgitações

Piam corujas débiles. Piam para de dentro da alma cativante da noite que não é dia. A noite de toda a inspiração da coruja. A noite de pesadelos superdimensionados. Onde não há vez claridão, os postes são maiores do que deveriam convencionados. E eu tenho pavorosos sucos gástricos latejantes, picantes. Eles se mexem durante a noite de minha inexperiência entojada. Debaixo das pegadas, coloridos sapatos frufru. E o nome do cachorro macho é Frufru. É a lama venturosa que nos arrasta, por que todos seremos massacrados. São os afetos que nos comprometem como feito uma atmosfera penetrante de luxúrias a nos corromperem a santidade nunca antes pronunciada. Amam-se os modos pelos quais somos afetados, como se amam as prostituições a que não negamos subjugados. Não depois de tudo o que foi consolidado, em vez de não para que nada se soerguesse assim tão sereno e impiedoso. São laranjas esbranquiçadas que nos matam cabeçadas. Somos incapazes de detê-las, as devoramos e um botulismo filosófico nos paralisa os nervos suculentos. Estou aprisionada no corpo e em suas instituições. Tantos púbis declaradamente magérrimos e eu aqui não me emendo chupando manga. Corroboro de um fio por que mereceria ser eletrocutada. É por cada palavra que não se regride. É por cada soslaio de meu coração-tique-nervoso. Não há amor para um filho, não há amor para mim em mim. Creiam-se os secos na secura. Tudo se acabará na esmagadura final de uma infidelidade tão explicável que se legitimará no surto. Pois, há um surto, e ainda que sob envergadura de sintaxe ordenada, há um surto. E um vômito chorado se expele entre nossas promoções. É o destino cabal dos paranóides.

Nenhum comentário:

Postar um comentário