Primeiro os lóbulos são esquentados.
Depois as bocas se afilam. No mundo das lagartixas ansiosas, é entre a barriga
e o soluço que os pensamentos obsessivos se instalam. Um parasita zunindo para
sempre os tornou espadaúdos lagartixos. Em seguida e do lado de fora, um grande
gozo é certo a respeito de uma vitória lá de dentro inalcançada. Ninguém sabe
de nada, apenas o lagartixo Bob e os-que-não-são-o-lagartixo-Bob. A verdade é
que não se ensina um lagartixo a se espraiar. Sua natureza é avessa ao arreganho,
a lagartixa come arainhas, é branca, pudica. É por detrás das grandes lentes
lagartíxicas que os olhos evitados se apequenam em favor de uma grande fadiga
universal que grita. Mas só todas as demais lagartixas restantes não se
apercebem disso tudo. De repente não se fita desesperadamente em forma de
aprovação, passa-se adiante, ligeira; apenas. Lagartixinha com rabo miúdo entre
- pernas rapidinho. Passa através do pano vermelho taurino. De repente o balbucio
é a melhor resposta, menos as desconexões que se enraízam nos sorrisos
catastróficos. Era apenas lá confuso que se implorava. Sem indagações, sem
perturbações e sem constatações babosas. Era a feiúra, era a gordura, eram
pontas duplas e acnes evidentes, era a desocupação. Uma lagartixa toda
defeituosa. Era o conselho, era o primo de um amigo lagartixo bem-sucedido, era
a piedade da coisa apenas passageira, as lentes tristonhas das lagartixas
idosas, sem vida. Era a desnecessidade de tanta coisa que a linguinha de Bob, o
lagartixo se ressecou. A cauda solta era uma espécie de desarranjo intestinal
das lagartixas. Um suor inundante os seus pezinhos transparentes. De que gargalhavam os tortos. Por que agradeciam
a deus. Não, mas não eram as provocações de lagartixa da vez. Primeiro havia o
desejo intempestivo de que o coração de Bob fosse comido entre a transparência
de seu corpinho. Para isso a questão em voga era destilá-lo. O porquê de sua
esquisitice. Porquê de sua escamosidade. Porquê dessa lagartixice toda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário